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Mostrando postagens de novembro, 2022
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INSPIRAÇÃO EM DOSES HOMEOPÁTICAS   Já tive uma casa grande, acreditem! Dois andares, varandas, escadas internas. Já tive um filho, depois dois e depois tres. Um dia eu explico. Já tive Natal, com lareira e presépio com musgo e azevinho verdadeiros. Enfim, nesta época do ano, em que ninguém começava as decorações em Outubro, porque Natal sempre foi em Dezembro, eu e os meninos ou por vezes só eu, arrumávamos tudo em um só dia na primeira semana do mês. Por vários anos a árvore, bem grande, foi a mesma porque eram muito bem feitas e projetadas para durarem uma geração. O máximo que se via com jeito de Natal, antes da época, eram as festas das escolas das crianças, anunciando o fim do ano letivo. Mas eu dizia...então, em um dia tínhamos as luzes, a árvore e o pobre do Papai Noel pendurado à chuva e ao sol do lado de fora da varanda, naquelas escadinhas de corda ou sisal. Hoje começo as decorações mais cedo para não parecer a esquisita ante aos vizinhos dos outros prédios mas não vou ao po
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  UMA PALAVRINHA COM TRES LETRAS Depois que arrumei a casa, virei a mesa e dei uma grande guinada, passei a ver a vida de uma maneira bem menos intensa, porém mais segura. Aprendi a dizer NÃO e fui distribuindo por aí, para espanto de muitos. Que coisa libertadora! "Olha, vamos ali a tal lugar que preciso falar com alguém"? Não! "Queres entrar em um avião e fazer um voo de 10 horas"? Não!  Quem diria? Estava ali à minha frente e eu nem percebia como era fácil! E não havia a necessidade de explicar o porquê! Imaginem! Então, seguindo a teoria do "eu posso", também mudei de endereço. Fui viver onde tantas vezes desejei não ter que ir embora e comecei a fazer parte do lugar, à minha maneira. Tudo o que eu precisava estava e está ao meu alcance em poucos minutos. Nem Metrô, nem tirar o carro da garagem, nem vizinhos barulhentos. As ruas ainda se mantém cheias de árvores e as montanhas tijucanas compõem perfeitamente o cenário. Da varanda avisto o shopping ilum
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  OUVE! Que poder uma música tem? Todos e mais alguns. Ela  te faz balançar o corpo, ela te para na rua  se vier de uma loja de eletrodomésticos, ela te faz chorar se faz lembrar a cena do adeus e ela te faz fechar os olhos e sorrir. Ah! Essa que te faz sorrir é a melhor de todas porque te dá a nítida impressão que mais alguém ouve junto . Ainda que muito distante.
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  UMA VEZ EU FUI ESCRITORA Uma manhã esquisita, uma estação esquisita. Parece que passou um vento e tirou as ideias do lugar. Feriados ao meio de semana também não ajudam nada. Frases soltas passam a impressão de que andamos tateando no escuro do corredor à procura da porta do consultório do terapeuta. Isso não é bom. Nessas entre safras de estabilidade emocional, gosto de "destralhar". Ir aos armários, gavetas, portinhas minúsculas de móveis e separar, rasgar, doar, amassar, fazer bolinha e acertar a lixeira. Às vezes até dou nomes aos objetos em desafeto. Eu deveria estar na aula de pilates, agora, mas ninguém iria me aguentar. Deixem pensar que pensar que sou docinha sempre e quando esta neura passar, eu volto. No momento estou tentando me lembrar como se insere imagem neste portal que fez parte da minha vida por mais de dez anos e me vi forçada a fechar.