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TÁ FALTANDO ALGUMA COISA Sabe  quando você abre um armário ou uma gaveta e não cabe mais nada e tudo parece um saco de gatos, mas na verdade você sabe que está faltando alguma coisa mas não sabe o quê é? Alguma coisa que antes estava ali e lhe saltava aos olhos e você sabia que a qualquer momento lançava mão? Ninguém quer o marasmo de gavetas arrumadinhas, peças intimas dobradinhas pela cor. Isso é de quem pouco sai e pouco vive e tem todo o tempo do mundo para pegar as pecinhas e deixá-las exatamente de jeitinho que estavam. Quem ouve  "vamos???" e responde "vamos"!!! não está com isso. Mas o que se vê por aí é um não sei quê amontoado e muitos espaços vazios . Não há seleção, não há afinidade, não há palavras. Achei! É isso que está faltando: palavras. Ditas, escritas ou apenas sentidas. 

ERNESTO CORTAZAR - Leaves in the wind

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E eis que a música vem e enche o ar. É fim de tarde e ela te pega tão desprevenida! Tem som e cor. É quase palpável. Vem trazer as frases de outrora, a leveza, o possível. Não há letra. Só melodia e isto é o melhor. Podes a encher com o que quiseres: sussurros, promessas, o amanhã, o ontem. Há magia no piano de Ernesto. Ouve-o, então.
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O INVERNO DESTE LADO DE CÁ Gosto desta cidade, tenha a cara que tiver. Este ano parece que teremos um Inverno muito particular, quando se trata desta cidade de luz, sol, calor e bla bla bla. Como tudo é novidade , os camelôs vendem umas coisas meio bizarras, meio mexicanas, meio peruanas, meio indefinidas, para quem só vê frio pelo cartão postal do Natal. A carioca precisa de um curso intensivo para usar botas. Mesmo que sejam essas lindonas aqui. Mas lá vem uma alma boa que mistura tudo e dá certo, e vamos atrás do que chamam "tendências". Um dos graves, seríiííssimos problemas do tempo frio é que tudo é mais. Come-se muito mais... ...bebe-se muito mais  Mas o que importa é que ao fim do dia o pôr do sol está lá, com cachecol ou não. 
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Sexta-feira.  Dia de acender as luzes da cobertura, de ouvir Michael Bublé, de dançar coladinho, de abrir um bom vinho porque a chuvinha promete. Dia de arrumar gavetas da alma, de usar o melhor perfume, de entrar naquela saia justa, de subir no salto em sapatos de lacinhos. Não importa se a semana não rendeu como você previa. Pense nisso na segunda-feira. As unhas estão pintadas, a escova é definitiva, os olhos têm brilho. Hoje é para ouvir e dizer. Preciso falar mais?
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VOLTEI! E fiquei pensando: será que ainda sei escrever? Ainda "deito falação", como diz o mineiro, e passo o que anda acontecendo nessa terra? Que é Carnaval todo mundo já sabe. Aliás, já era bem antes do Natal. Mas este ano...sei não! Há uma certa desconfiança no ar. Depois da árvore da Lagoa ter desmoronado e perdido toda a graça (eu mesma nem fui lá ver) há quem fique meio ressabiado quanto à esta euforia toda, vinda dos atabaques, surdos e cuícas. As lojas de fantasias andam às moscas e só se fala em "customizar" por causa da crise. É assim: se você quer que sobre dinheiro para a cerveja gelada, para a gasolina, para a luz do ar condicionado, para o camarão frito com limão, tem que escolher. Ou vai de short e camiseta amarrada na cintura ou passa fevereiro se abanando com um leque. As duas coisas, já eram! O carioca é um privilegiado em ter muita areia e muito mar e tudo isso de graça. Aí já rola uma alternativa para férias sem sair do bairro em que se vi